5 livros indispensáveis para o Dia do Leitor

No dia 7 de janeiro, é comemorado no Brasil o Dia do Leitor. E claro, nós não poderíamos deixar essa data passar em branco! Só quem ama ler sabe como é bom viajar em meio às páginas de um livro, passar horas escolhendo livros em uma livraria ou ter sempre uma lista enorme de leituras atrasadas. Sem falar no cheirinho de tinta e papel frescos dos livros novos.

E para comemorar a data, criamos uma lista com livros indispensáveis para todos que são apaixonados por leitura.

1. Crime e Castigo – Fiódor Dostoiévski

Considerado um dos maiores romances já escritos, esse clássico da literatura russa conta a história de Raskólnikov, um jovem que é obrigado a deixar a universidade por não poder mais custeá-la e que vive de aluguel de maneira miserável em São Petersburgo. Raskólnikov deve dinheiro a uma velha agiota, que tortura psicologicamente os seus clientes com os juros altíssimos. O jovem, então, se convence de que não seria errado matar uma pessoa tão má como aquela velha, já que ninguém sentiria falta de alguém tão cruel. Raskólnikov assassina e rouba a velha mulher e sai impune do crime. Porém, apesar de ter cometido o crime perfeito, Raskólnikov não se livra da culpa, e é aí que começa toda a torturante angústia do remorso.

Apesar das quase 600 páginas, esse é daqueles livros que você não quer largar enquanto não chega ao fim! Crime e Castigo é uma obra existencialista que explora os meandros da mente humana, questionando a moral do homem em uma narrativa envolvente. Uma leitura apaixonante e indispensável.

2. Cem anos de solidão – Gabriel García Márquez

Esse livro deu a Gabriel García Márquez o prêmio Nobel de Literatura em 1982 e é considerado o principal expoente do que ficou conhecido como Realismo Fantástico da América Latina.

A história narra a saga da família Buendía, uma “estirpe condenada a cem anos de solidão”, na vila fictícia de Macondo. Quando José Arcádio Buendía funda a aldeia de Macondo, o mundo era tão primitivo que as coisas ainda não tinham nome. A narrativa se desenvolve junto com a família Buendía, que parece sempre lutar contra a realidade do mundo que, constantemente, deixa a família à beira da destruição. Junto a saga da família, aparecem os ciganos com suas invenções fantásticas, e os Buendía se desenvolvem com o mundo ao seu redor. A obra de Gabriel García Márquez é uma metáfora da condição latino-americana, repleta de instabilidades políticas e escassez de recursos que tornam a vida, por vezes, quase impraticável.

3. Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley

O romance distópico de Aldous Huxley nos conta sobre uma sociedade governada pelos preceitos científicos, em que as pessoas são programadas em laboratório e divididas em castas biologicamente definidas já no nascimento.  A grande ironia da história é que os homens e mulheres dessa sociedade parecem completamente felizes. Tudo graças a Soma, uma droga sem efeitos colaterais aparentes que acalma a população.

Admirável Mundo Novo é uma crítica aos governos totalitários, à sociedade capitalista, industrial e tecnológica, onde tudo é racionalizado e a ciência se tornou uma religião, ignorando as experiências subjetivas. As predições de Huxley parecem pertencer a um futuro próximo, ao mesmo tempo que se encaixam com uma metáfora do presente.

4. A Metamorfose – Franz Kafka

“Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado em um inseto monstruoso”. É com essa frase que Kafka abre seu romance mais famoso, que conta a história de Gregor Samsa, um caixeiro infeliz consumido e explorado pelo trabalho.

Gregor Samsa morava com os pais e a irmã e era responsável pelo sustento da casa. Porém, depois de uma inesperada metamorfose que o transforma em uma barata gigante, Gregor deixa de ser a fonte de sustento da família. O rapaz, antes visto com orgulho pelos pais, passa a ser encarado como um monstro que todos tinham que suportar. Ninguém o vê como ele realmente é, com exceção da irmã, que parece ter piedade de Gregor.

Nesta obra, Kafka faz uma crítica às relações sociais que, por vezes, são pautadas pelo interesse, além de explorar aspectos psicológicos do homem, como a culpa.

5. Solaris – Stanislaw Lem

Solaris é um planeta que orbita dois sóis e que possui uma peculiaridade intrigante: é coberto por um oceano vivo e que, provavelmente, é inteligente. Essa característica intriga cientistas e estudiosos do planeta Terra, fazendo surgir a Solarística, ou a ciência que busca desvendar os mistérios de Solaris e de seu oceano vivo.

O livro é narrado por Kris Kelvin, um psicólogo que é mandado à uma estação flutuante em Solaris para ajudar os pesquisadores que lá estão. Chegando na estação, Kris se depara com os colegas completamente atormentados e paranoicos. Logo Kris descobre o motivo: o oceano envia à estação réplicas de pessoas que já morreram, guardadas nas lembranças de cada membro da equipe de pesquisa, fazendo com que memórias do passado ressurjam. O próprio Kris encontra uma réplica da esposa, que havia morrido há anos atrás. A partir de então, surge uma das grandes questões do livro: por que o oceano manda as réplicas de entes queridos mortos e o que ele quer comunicar com isso?

Uma das principais críticas do autor Stanislaw Lem foi de que o homem partiu para conhecer outros mundos sem ao menos conhecer as questões inerentes à nossa própria natureza. Um livro imperdível para quem curte ficção científica.

E aí, gostou da nossa lista? Não deixe de comentar quais livros você adicionaria. Boa leitura!

 

Deixe uma resposta