No dia 8 de janeiro, comemoramos no Brasil o Dia do Fotógrafo. Essa data foi escolhida porque, segundo alguns registros, em 8 de janeiro de 1840 chegava ao Brasil a primeira câmera fotográfica. Desde então, a arte de captar e eternizar frações de segundo revolucionou a arte e a comunicação do século XX. E para não deixar a data passar em branco, fizemos uma lista com algumas das 5 imagens mais icônicas e importantes já feitas, e a história por trás de cada uma.
Almoço no topo de um arranha-céu – 1932
Durante a construção do RCA, em Nova York, em 1932, foi feito esse registro de 11 homens almoçando sem nenhum equipamento de segurança, em uma viga a 69 andares do chão. A fotografia, de mais de 80 anos, é considerada uma das mais icônicas da história e é, até hoje, muito disseminada em formato de pôster por estabelecimentos e restaurantes ao redor do mundo. Um detalhe curioso é de que não se sabe exatamente quem fez a fotografia. Porém, sabe-se que haviam três fotógrafos no local no dia em que a imagem foi feita: Charles C. Ebbets, Thomas Kelley e William Leftwich.
O rebelde desconhecido – 1989
Em 5 de junho de 1989, mais de 100 mil estudantes saíram às ruas de Pequim em protesto pacífico a favor da liberdade e da democracia. O governo chinês respondeu de forma violenta, enviando o exército para reprimir a manifestação, o que resultou na morte de mais de 800 civis. Durante o conflito, um jovem solitário e desarmado se posicionou em frente a uma fila de tanques de guerra na Praça da Paz Celestial. O homem, que ficou conhecido como tank man, nunca teve a identidade e o destino do homem revelados.
Quatro fotógrafos registraram o evento, porém a fotografia do norte-americano Jeff Widener foi a que mais se popularizou, estampando capas de jornais no mundo inteiro e sendo indicada ao prêmio Pulitzer. Apesar de nunca ter sido identificado, a revista Time apontou tank man como uma das cem pessoas mais influentes do século XX.
Menina de Napalm – 1972
A fotografia do fotojornalista Nick Ut foi responsável por abrir os olhos do mundo ao horror das zonas de combate da Guerra do Vietnã. Após ter sido atingida por uma bomba de napalm, Phan Thi Kim Phúc, na época com 9 anos, tirou as roupas quando a bomba começou a queimar sua pele. A imagem capta a expressão de dor no rosto da menina e o desespero das crianças ao redor, fazendo lembrar de que as principais vítimas das guerras são os inocentes. O registro foi feito em junho de 1972 e ganhou o prêmio Pulitzer daquele ano.
Kim Phúc se tornou o símbolo da Guerra do Vietnã. Atualmente, a vietnamita atua como ativista dos direitos humanos, além de ser embaixadora da Unesco.
Abbey Road – 1969
Uma das fotografias mais icônicas e reproduzidas da cultura pop foi feita em 8 de agosto de 1969, pelo fotógrafo escocês Iain Macmillan. Na época, os Beatles estavam trabalhando em seu 12º álbum no estúdio Abbey Road, em Londres. Macmillan havia sido convidado por John Lennon para fazer as fotografias do disco que receberia o mesmo nome do estúdio em que foi criado. Fontes da época contam que o fotógrafo teve apenas 15 minutos para fazer a foto na famosa rua londrina. Paul McCartney aparece de pés descalços, o que alimentou uma lenda de que ele estaria morto há três anos, vítima de um acidente de carro.
Graças à fotografia, o local se tornou um dos principais pontos turísticos em Londres, recebendo milhares de fãs que se fotografam atravessando a rua. A capa do disco também foi imitada e reproduzida por outros artistas, além de aparecer em referências em filmes e desenhos animados.
O beijo da Times Square – 1945
Um marinheiro e uma enfermeira se beijam apaixonadamente no meio da Times Square, durante uma comemoração pelo fim da Segunda Guerra Mundial. O registro, feito em 14 de agosto de 1945, é do fotógrafo Alfred Eisenstaedt, que na época trabalhava para a revista Life. Após a publicação, a foto logo se tornou famosa e o mistério sobre quem era o casal começou. Descobriu-se que os dois nunca tinham se visto antes daquele dia. O homem era Goerge Mendonsa que, durante a empolgação das comemorações, agarrou a enfermeira que passava pela rua e a beijou. A enfermeira era Greta Zimer Friedman, que na época trabalhava em um consultório de dentista.
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